estar permanentemente num limbo não é bom, nem para os nervos, nem para aqueles que me têm de aturar diariamente. sexta alguém berrou, disse basta e rumámos ao norte - o alerta amarelo impôs algum respeito e a viagem não ficou a mais de hora e meia da capital. largámos as malas na casa da vila onde se proclamou a república, podia ser melhor?
apenas uma nota, verdadeira razão de ser deste post: a chuva fez com que parte da estadia fosse passada em cafés a pôr a leitura em dia. parámos num, meio cinzento com ar de servir bagaços logo pela manhã aos seus mais fiéis clientes, tendo como inigualável ponto positivo, para quem me acompanha, licença para se fumar. passámos a manhã apenas com um chá e um café à nossa frente, sem qualquer censura por parte da gerência e até aqui nada de especial, até que a rapariga que nos atendia nos perguntou se queríamos que baixasse a música (radio local a passar desde os delfins à rihanna). quando agradecemos e respondemos que não era necessário, fomos brindados com um sorriso do tamanho do mundo e com uma confissão meio envergonhada: eu quando leio também sou assim, desligo de tudo.
é meio parvo, eu sei, mas porra, ser recebida assim encanta-me.
3 comentários:
oh que fofa. e não te apeteceu dar-lhe um abraço? acontece-me muitas vezes querer abraçar estranhos.
numa outra nota, deve ser bom ter alguém que nos acompanhe na leitura.
:)
em jeito de aditamento, foi a mesma jovem que indicou a direcção da farmácia. junta a esse cinzento um catrapaço de 5 kg onde se anda pelo lixo, e se vasculha lixo.
@paperdoll: passo a vida a dizer que não gosto de pessoas e depois sou desarmada assim, sou uma desgraça.
ler acompanhada é um dos meus hábitos preferidos :)
@jpm: aditamento justíssimo :)
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