terça-feira, 30 de março de 2010

acaso

Dry Ranch, Australia

Photograph by Amy Toensing

for National Geographic

o outro lado do espelho está na moda


p.s. mas ainda não bateram o original.

quarta-feira, 24 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

resistentes



ando chata, intragável mesmo. no meio da desgraça, há uns quantos resistentes que me tentam animar os dias. o r. adoptou a técnica um cartoon destes por dia nem sabes o bem que te fazia.
a todos os resistentes uma nota: conto estar no meu humor normal - que isto não há milagres - no final deste mês, tenham paciência, já faltou mais.

quinta-feira, 18 de março de 2010

mal

Mais uma razão para estar atento ao Mal

Uma mão de cada lado do gerador, lençol às costas e outros dois levam a munição sonora.

O MAL aproveita a primeira aberta e faz-se à estrada! Que saudade de sentir a rua. A Rua é nossa! Renasce a tradição de aldeia do cinema piolho, das travessuras e das vontades. Vamos explorar a cidade bem no meio, onde moram os cinemas silenciados pelo tempo. Exibimos as películas de novos talentos do panorama enriquecido do cinema português e revivemos a cidade lá onde os nossos pais, nossos avós e bisavós sacudiam a ansiedade de ver cinema.


O MAL vai à rua, na busca dessas fachadas, e convida os mais audazes a percorrer numa noite estes locais entaipados da cidade, lá bem no centro, marcamos encontro para dia 27 de Março. Das 21horas às 01 horas visitaremos quatro cinemas abandonados ou transformados para exibir nas suas fachadas conteúdos originais de novos talentos do cinema de Lisboa.

(visto na última newsletter do Mal)

quarta-feira, 17 de março de 2010

até chegar aos anjos é céline - a morte, pela manhã, tem sabor a noite mal dormida. depois são as palavras, não estas. as outras a que devo dar significado. e do dia resta pouco. até chegar novamente ao metro. a horas mortas e parcamente acompanhada sou apanhada por uma voz forte de mulher a cantar salmos por si inventados. olho para o chão, evito ser interpelada. as senhoras da limpeza, sempre em grupo - coisa curiosa que um dia hei-de tentar explicar - são mais benevolentes do que eu e o monólogo sobre improváveis significados e inexoráveis castigos eternos surge para todos e não apenas para as benevolentes. fomos avisados. a personagem profética, com ar de ter saído de um qualquer canto do livro que arrasto comigo, acompanha-nos no metro. a ladainha que parecia ininterrupta sustém-se, por momentos, numa carruagem cheia pelos risos abafados. da despedida só guardo memória de um desconcertante sorriso. agoirento.

segunda-feira, 15 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010


voyeirismo faz-se sem flash.

domingo, 7 de março de 2010

tempo suspenso


Oddments Room II
(Voyages of the Adventure and Beagle), 2008
Prova cromogénea sobre alumínio e Diasec
218x175

Exposição Tempo Suspenso de Jane e Louise Wilson.

sábado, 6 de março de 2010

das insónias III

[...] quanto a mim, vai ser bonito, a quem a ainda não foi dado a determinar com o menor grau de precisão o que sou, onde estou, se sou palavras no meio de palavras, ou se sou o silêncio dentro do silêncio, para lembrar apenas duas das hipóteses avançadas a esse respeito [...]

Samuel Beckett, O Inominável

das insónias II

[...] as palavras estão em todo o lado, em mim, fora de mim, ora essa, ainda há pouco não tinha espessura, ouço-as, não preciso de as ouvir, não preciso de uma cabeça, é impossível pará-las, é impossível parar, sou de palavras, sou feito de palavras, das palavras dos outros, que outros, e o lugar também, o ar também, as paredes, o chão, o tecto, palavras, o universo está todo aqui [...]

Samuel Beckett, O Inominável

das insónias I

Mas eu não digo nada, não sei nada, estas vozes não são minhas, nem estes pensamentos, mas dos inimigos que me habitam.

Samuel Beckett, O Inominável