quarta-feira, 24 de setembro de 2008


Robert Doisneau
Picasso and the loaves
1952

Merci Anne-Laure


In Katrina's Wake: Portraits of Loss from an Unnatural Disaster
This series, photographed in New Orleans in November and December of 2005, portrays the cost of Hurricane Katrina on a personal scale. Although the subjects are quite different from those in my earlier Intolerable Beauty series, this project is motivated by the same concerns about our runaway consumerism.
There is evidence to suggest that Katrina was not an entirely natural event like an earthquake or tsunami. The 2005 hurricane season's extraordinary severity can be linked to global warming, which America contributes to in disproportionate measure through our extravagant consumer and industrial practices. Never before have the cumulative effects of our consumerism become so powerfully focused into a visible form, like the sun's rays narrowed through a magnifying glass. Almost 300,000 Americans lost everything they owned in the Katrina disaster. The question in my mind is whether we are all responsible in some degree.
The hurricane’s damage has been further amplified by other human causes, including failures of preparedness and response on many levels; existing poverty conditions; levee problems that were mired in political maneuverings; poor environmental and wetlands practices that left some areas more vulnerable; and the conspicuous absence of federal resources that were already being used in the Bush Administration’s wars in Iraq and Afghanistan.
From that perspective, my hope is that these images might encourage some reflection on the part that we each play, and the loss that we all suffer, when a preventable catastrophe of this magnitude happens to the people of our own country. Katrina has illuminated our interconnectedness, and it makes our personal accountability as members of a conscious society ever more difficult to deny.
Chris Jordan

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre cadernos

Um post sobre cadernos, o critério é simples, estes têm de ser suficientemente pequenos e maleáveis para caberem dentro do bolso das calças ou do casaco de inverno. Achei piada, gostei de ver por ali perdida uma marca portuguesa.... e porque ainda não me habituei a escrever sempre no PC, porque as minhas malas são sempre enormes e no meio de todas as coisas "essenciais" que arrasto comigo para todo o lado também costuma estar um caderno, comecei a ver se algumas das marcas se encontravam em Portugal. De repente dei comigo a passar de blog em blog, onde as virtudes dos mais variados cadernos são exaltadas até ao absurdo, há quem vá de propósito a Paris abastecer-se deste bem essencial, só use uma marca de cadernos combinada com uma marca canetas... enfim, parvoíces que de blog para blog têm em comum o profundo desprezo pelos moleskines (vai-se lá saber porquê?! provavelmente porque não é preciso ir a Paris para os comprar...). Das coisas mais extraordinárias que descobri foi a obsessão pela qualidade do papel dos ditos (andam por aí milhões de cadernos que não servem para escrever, quem diria!). Que seja preciso um tipo de papel específico para desenhar ainda acredito, para as longínquas aulas de desenho ainda me lembro de ir carregada com a pasta A3 onde guardava o famoso bloco de papel Cavalinho... folhas grossas e enormes capazes de resistir aos borrões de aguarelas ou guaches que teriam certamente trucidado qualquer outro tipo de papel... como nunca tive muito jeito para desenhar não faço ideia de quais são as tendências actuais relativamente aos cadernos destinados a esta arte. Agora, escrever?! No dia que descobrirem cadernos destinados a transformar o comum dos mortais num autor intemporal avisem-me, pode ser que a marca também venda cadernos próprios para a elaboração de teses de Mestrado excepcionais.

domingo, 7 de setembro de 2008

Ele marcou a proscrita imagem dela, traçou um mapa com um pé de pesadelo em veneno e enquadrou contra o vento, impressão do polegar dela que se dobrava na mão como uma sombra urdida, interrogação do eco familiar: qual é o meu génesis, a fonte de granito que se extingue onde a primeira chama é lançada no mundo esculpido, ou a fogueira crinífera como um leão o limiar do último claustro? Então uma voz naquele anoitecer viajou pela luz e pelas vagas da água, uma feição tomou os humores volúveis, do sítio onde a cantáride do mar verde dourado tinge a pista do polvo um veneno rastejou pela espuma, e dos quatro cantos do mapa um querubim numa configuração de ilha bafeou as nuvens para o mar.
(Dylan Thomas, do conto Em Direcção ao Princípio)

sábado, 6 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008