Um tipo desce na estação de metro vestindo jeans, t-shirt e boné, encosta-se próximo da entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que por ali passa, bem na "rush hour" matinal.
Durante os 45 minutos que tocou o instrumento, foi praticamente ignorado pelos transeuntes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, que executava peças consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tocara no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a “bagatela” de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
(recebido via e-mail)
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Stop and Hear the Music
terça-feira, 12 de maio de 2009
podia acabar o mundo
e eu só me dava conta uma semana depois.... enterrada no meu gabinete kafkiano, onde os processos se reproduzem a uma velocidade alucinante, tentando seguir regras não escritas, crípticas, mas óbvias e absolutamente necessárias para qualquer funcionário (parece mesmo uma cena tirada do Processo)... dizia eu, não saberia do fim do mundo... ainda não percebi onde se compram jornais, na terra em que anda tudo de carro e que às dez da noite se torna numa cidade fantasma, dou comigo preocupada com com a adequação de determinados factos ao artigo do Código Penal que não me sai da cabeça, enquanto compro detergentes... ah e estão 9 graus lá fora... as senhoras da limpeza, que andam sempre aos pares, dizem cheias de orgulho, isto é verão doutora! - descaem-se nos sorrisos generosos - apostam consigo mesmas como não aguento cá um inverno.
domingo, 3 de maio de 2009
este é o primeiro dia do resto da minha vida?
A 400 quilómetros de tudo o que conheço ainda me estou a habituar à ideia, deixo aqui algumas notas destes dias (em que ainda não há muito para contar)
- a constante oscilação entre "sr.ª doutora" e "menina" ainda me tira do sério, dá-me uma vontade de rir tremenda, mas não me descaio...
- guardo para mim a ideia de que o percurso casa - trabalho é perfeito para ser percorrido de bicicleta, mas o melhor é mesmo ir a pé, porque numa terra em que se vai de carro para todo o lado, ir a pé já é suficientemente caricato, ir de bicicleta seria tentar a sorte...
- a simpatia com que se recebe por estes lados e a comida (!) são os argumentos fortes contra a nova livraria da ler devagar e a vontade de ir para o terraço.
*sim, já tenho net e brevemente umas águas-furtadas...
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