quarta-feira, 12 de abril de 2006

para ti

Regressei com a sensação de ter perdido alguma coisa pelo caminho… regressei sabendo que algo em mim se transformara e ao percorrer o longo caminho de volta ao que chamo casa, percebi que era de outra casa que sentia falta…. Era o meu Alentejo, que vivia no teu sorriso, era essa a porta que queria reencontrar. Porque eu sempre fora menina de cidade e o campo era para ler e descansar e só agora percebi que a minha vontade de ir mais longe, a minha vontade de ver para além do horizonte não vem de uma cidade sempre cercada de prédios, vinha de ti e de tudo o que representavas, vinha de uma terra sem fronteiras, do espaço aberto que dá vontade de correr, correr sempre até mais longe.
Perdi o teu sorriso e dentro dele estava o meu Alentejo (o único que conheci), doce e generoso, quente como uma tarde de Agosto.
(“Aqui é que se está bem, não é?” “Sim avó, aqui é que se está bem”)
Obrigada por toda a tua generosidade, que fazias parecer tão simples…. Obrigada principalmente pela vontade de apenas ter o horizonte como fronteira, que tenho a certeza que herdei de ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se me permite a incursão, dir-lhe-ei que gostei de ler.
Também eu, que não sou alentejano, aprendi a gostar do Alentejo.
Pelas razões conhecidas, não espero que me responda; mas confesso que o seu blog tem uma atmosfera muito intimista e agradável.
Desejo-lhe boas férias e Boa Páscoa.
Tony.