domingo, 23 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

hal hartley



Logo dois de uma vez. Personagens que passam o dia a ler, as profissões pouco importam e assim se criam histórias de amor com com uma aura platónica algo inesperada... ah, e ainda há umas tiradas de esquerda, muito fim dos anos 80, início dos 90... gostei, vai-se lá saber porquê.

(p.s. obrigada)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Såsom i en spegel

Såsom i en spegel (Em Busca da Verdade), Igmar Bergman


"For now we see through a glass, darkly." (in Corinthians 13:12 )

terça-feira, 18 de agosto de 2009

leituras


Capitulo 7

Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano en tu cara, y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.

Me miras, de cerca me miras, cada vez más de cerca y entonces jugamos al cíclope, nos miramos cada vez más de cerca y nuestros ojos se agrandan, se acercan entre sí, se superponen y los cíclopes se miran, respirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio. Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuviéramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos, de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible absorber simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mi como una luna en el agua.


(Lido obsessivamente pode provocar pensamentos estapafúrdios. No meu caso e dada a minha actual situação, elaborei esquemas fantásticos para arranjar o trabalho perfeito, ou seja, aquele que me permitisse passar o resto das minhas tardes a ler numa esplanada perdida na costa da Galiza.)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

das imagens

Floating Sauna - Hardangerfjord Norway 2002

Ecos de uma realidade crua, feia, estupidamente desgastante. Nas palavras reconheci uma lógica que nunca foi a minha.

Mergulhei nas imagens, como quem quer desaparecer.
Percorri as minhas e descobri que a que mais agrada a quem não conheço é, entre outras coisas, um monumento à tristeza.
Percorri as de m. e tive vontade de fotografar com ela.
Perdi-me a percorrer centenas de outros que não conheço, até me sentir embriagada.
Sorri com o projecto impossível; parei num blog cheio de projectos improváveis de onde retirei a floating sauna - hoje, o local eleito para me teletransportar - e onde descobri que ainda se viaja tendo como ponto de partida roteiros verdadeiramente inesperados.
Finalmente voltei à superfície, à sopa, ao telejornal, ao ladrar do cão da casa da frente, ao calor pastoso, à rotina muito pouco fotogénica.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

onírico


reality is arbitrary

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

reminiscências V


o sítio perfeito: passava o resto das minhas tardes aqui, a ler.

reminiscências IV



reminiscências III


(sim, agosto 2009, norte de Espanha... let's not talk about the weather)

reminiscências II





La Coruña

reminiscências I



Uma estação por onde já não passam comboios, sonhei mais do que uma vez com este lugar, sem ter a certeza de que existisse mesmo... afinal está mesmo ali em Monção. Gostava que fosse meu. Sim, ver filmes do género The Station Agent não me ajudam a querer coisas minimamente ajuizadas.