Ecos de uma realidade crua, feia, estupidamente desgastante. Nas palavras reconheci uma lógica que nunca foi a minha.
Mergulhei nas imagens, como quem quer desaparecer.
Percorri as minhas e descobri que a que mais agrada a quem não conheço é, entre outras coisas, um monumento à tristeza.
Percorri as de m. e tive vontade de fotografar com ela.
Perdi-me a percorrer centenas de outros que não conheço, até me sentir embriagada.
Sorri com o projecto impossível; parei num blog cheio de projectos improváveis de onde retirei a floating sauna - hoje, o local eleito para me teletransportar - e onde descobri que ainda se viaja tendo como ponto de partida roteiros verdadeiramente inesperados.
Finalmente voltei à superfície, à sopa, ao telejornal, ao ladrar do cão da casa da frente, ao calor pastoso, à rotina muito pouco fotogénica.
2 comentários:
A fotografia permite mesmo isso: suspender a realidade comezinha e transportar-nos para onde bem nos apetecer, com cores bem diferentes. Basta uma pequena alteração na abertura do obturador e o mundo fica logo diferente.
só a mim é que obturador parece uma palavra comunista ou de algum regime comunista (que ainda há quem goste de acreditar na diferença...
embora entre eles não conste)
HI&P Anon.
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