"Posso não estar de acordo com o que dizes, mas luto para que o possas dizer" - é isto que significa respeito pela liberdade de expressão.
Depois da Síria, foi a representação diplomática da Dinamarca em Beirute, que foi alvo da ira dos muçulmanos. O edifício foi saqueado e queimado, devido à publicação das imagens de Maomé.
A Dinamarca aconselhou já os seus cidadãos a deixar o Líbano. O país escandinavo viu assim a segunda representação diplomática destruída em dois dias, por causa das caricaturas de Maomé, publicadas há 4 meses, num jornal dinamarquês, desde então reproduzidas por vários jornais europeus.
Não existe neste caso uma luta entre quem ofendeu e quem foi ofendido, existe sim, uma manifesta violação do respeito pelo direito fundamental à liberdade de expressão.
E se neste momento é o poder de manupulação do radicalismo islâmico que assusta o mundo ocidental, eu questiono-me sobre quais os benefícios que podem vir de qualquer sociedade onde não existe separação entre o Estado e a Igreja.
Depois de ter lido a posição do Vaticano sobre os recentes acontecimentos (Público on-line: Em comunicado, o Vaticano acrescenta que o direito à liberdade de expressão não inclui "o direito de ferir os sentimentos religiosos dos crentes". ), não consegui deixar de pensar que não estaríamos muito melhor.
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