O lado positivo da organização alemã
Antes de vir para a Alemanha não imaginava a quantidade de burocracia que estava à minha espera, tive de abrir uma conta num banco alemão, passei horas em filas de escritórios para alunos estrangeiros à espera do meu cartão de estudante, dos papéis para o curso de alemão, das informações sobre a minha nova casa, enfim, imaginei que num país conhecido pela sua organização tudo seria mais fácil.
Porquê falar de tudo isto agora? Porque fui agradavelmente surpreendida este fim-de-semana. Em outubro inscrevi-me através da universidade para uma viagem a Hamburg, o preço era convidativo, a cidade desconhecida e era mais uma oportunidade para viajar com os meus novos amigos. Este fim-de-semana chegou finalmente a altura de viajar, à hora marcada (8h da manhã) estavam à nossa espera um mini-bus (da mercedes, claro!) e duas pessoas da faculdade. Tinhamos pela frente uma viagem de mais ou menos 5 horas, e todos tinham pressa de entrar no autocarro para recuperarem algumas horas de sono, mas 5 minutos após o início da viagem, tivemos as nossa primeira boa surpresa: foram distribuídos os programas do fim-de-semana e fomos imediatamente confrontados com um exemplo perfeito de como se organiza uma viagem.
A pousada da juventude que à primeira não deixava muito a desejar (estava em obras, a Silvia, claro, disparou logo "pelo preço que pagámos não podíamos estar à espera de outra coisa"), acabou por nos surpreender pela positiva: está situada num dos extremos da antiga muralha da cidade, com uma vista espectacular para o rio, os quartos não podiam ser melhores e para começarmos bem o dia tinhamos um buffet para o pequeno-almoço incluído.
Tivemos uma visita guiada, logo após a nossa chegada, a um dos bairros mais emblemáticos da cidade (St. Pauli) e apesar de já estar de noite (às 5 da tarde), e da temperatura rondar os zero graus, o entusiasmo nunca esmoreceu. A guia era uma alemã energética e decidida, perfeita para relatar a história de um bairro tão controverso. Após duas horas ao frio fomos jantar a uma cervejaria típica alemã, a introdução à cidade não podia ter sido melhor! Acabámos a noite, como não podia deixar de ser, numa kneipe alemã.
Sábado, 8h da manhã encontro para tomar o pequeno-almoço; 9h nova visita guiada, desta vez à parte "nobre" da cidade (tenho de admitir que apesar de ter adorado, e de me ter tornado fã dos guias alemães, duas horas e meia ao frio, mas frio mesmo, -3 graus, foi a parte que mais me custou desta viagem). Para descongelar decidimos ir beber um café, eis se não quando me deparo com um café português, claro que foi mesmo ali que ficámos (e eu, para matar as saudades, pedi uma bica e um pastel de nata). O início da tarde ficou por nossa conta, decidi perder-me pelas ruas que mais me agradaram e encontrei um alfarrabista (escusado será dizer que voltei para Köln com a mochila bem mais pesada), o final da tarde foi outra boa surpresa (para variar) fomos ao teatro ver uma adaptação de Hamlet (era a última peça, integrada num festival de teatro a decorrer na cidade). Acabámos o dia num restaurante indiano, perfeito para conversar animadamente.
Domingo, 7h da manhã encontro para o pequeno-almoço, sim, ainda estava de noite, mas era o nosso último dia, e não queria deixar a cidade sem passar pelo emblemático mercado do peixe e valeu a pena! 10h da mahã, regresso a Köln, surpreendentemente fui a viagem toda a dormir.
P.S. Obrigada Silvia, Julie, Irene, Anne Laure, Francesca, Louis, Aude.... a viagem não teria tido metade da piada sem vocês.
1 comentário:
Tou mt chateado consigo!
Quando ai estive quase não havia amigas para apresentar, e agora é esse regabofe q se vê...
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