"O rosto não é separável do corpo, em rigor, não é uma parte do corpo (embora a cabeça o seja), mas pode ser desfigurado. Lembre-se a ópera Jenufa de Janácek. Na morte, tal como se compreendeu o primeiro poema da humanidade, Epopeia de Gilgamesh, o rosto transforma-se em argila, em terra, isto é, perdeu o poder de olhar e de respoder ai olhar. Quanto à conversão do todo em rosto, lembre-se a criança dentro das águas maternas que permeia todo o universo final de 2001 - Odisseia no Espaço de Kubrick."
Maria Filomena Molder, Símbolo, Analogia e Afinidade
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