adormecia com a ideia de que podia acordar e não me lembrar de quem era. no sono não somos. sonhamos e não somos. maravilhava-me a ideia de um buraco negro, daquelas horas todas em que não era. e ao acordar voltava a ser. assim, sem mais nem menos. depois havia os dias em que acordava e achava que a porta do quarto devia estar à minha direita, quando sempre esteve à minha esquerda.
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