segunda-feira, 30 de novembro de 2009

viagem de metro... ou como dostoiévski me anima os dias

Não só não consegui tornar-me mau, como não consegui tornar-me absolutamente nada: nem mau, nem bom, nem vilão, nem honesto, nem herói, nem insecto. agora que estou no fim dos meus dias, metido no meu buraco, escarneço de mim próprio e consolo-me com essa certeza, tão biliosa como inútil, de que um homem inteligente não pode tornar-se nada, só os parvos se tornam qualquer coisa.

Fiódor Dostoiévski, Cadernos do Subterrâneo

1 comentário:

Petit Bourgeois@Villa disse...

oh que livro desgraçado!

mate-se ou mate alguém. é assim tão difícil??