sexta-feira, 15 de junho de 2007

Literatura e Direito

“Vivos, inquietos, dois pequeninos olhos mediam o perigo e calculavam as probabilidades de salvação. Nada. Atrás a parede; dos lados, a carneira dos tratados; em frente o juiz.
Condenar… A desgraça vinha, a razão estava sempre do lado do criminoso. Indefeso, todo o ser tem razão.
Descida à pequenez de um rato, a humanidade ficou ali à espera.
E Bernardo apagou a luz.”

Miguel Torga, do conto O juiz

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